8 de março de 2023
É com satisfação que recebi a notícia, através dos órgãos de comunicação social, da aprovação parlamentar, em sede de comissão, de uma audição à Conferência Episcopal Portuguesa e a outras instituições da sociedade civil que atuam na área da proteção de menores.
Da minha parte e da parte da Conferência Episcopal Portuguesa, estamos totalmente disponíveis para prestar todas as informações e esclarecimentos necessários na Assembleia da República, a propósito das ações que estamos a realizar no âmbito dos abusos sexuais de menores e pessoas vulneráveis.
Nós desejamos ser parte ativa na resolução desta dramática situação que é transversal a toda a sociedade. Este é um ponto muito positivo, que vai ao encontro de algumas decisões tomadas na última Assembleia Plenária do episcopado português, e que já está a ter consequências práticas, desde logo na atuação por parte de algumas dioceses que receberam as listas elaboradas, com toda a competência, por parte da Comissão Independente e do Grupo de Investigação Histórica dos Arquivos Diocesanos e dos Institutos de Vida Consagrada.
Todos nos empenhamos, no possível e no impossível, para tornar transparente e verdadeira, esta investigação que, penso, não deixa ninguém indiferente. As medidas já tomadas, e que continuarão nos próximos dias, são sinal de um compromisso sério da Igreja em Portugal e de um total empenho em erradicar os abusos sexuais de crianças e jovens, porque isto é algo não só devastador para as vítimas, mas também completamente contraditório com aquilo que é a Igreja e com aquilo que é o seu papel, e daquilo que ela pretende fazer.